Iniciando um novo caminho

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Django livre

 

Django Livre

Ele voltou. E com força. Quentin Tarantino e sua gangue arrombam as portas de nossas mentes e jorram o costumeiro rio de sangue nas nossas caras, sem dó, nem piedade. Mas não me entendam mal quando eu digo “costumeiro”, pois não quero dizer repetitivo ou enfadonho. Para quem é fã de Tarantino, isso significa “é esperado”, e a gente vibra.

A ultra violência de seus filmes tem função catártica. A marca registrada dos filmes de Tarantino pode chocar a muitos, mas para quem já se expôs a sua loucura e gostou sabe que na realidade o que ele faz é ironizá-la, elevando-a aos mais inimagináveis extremos até o ponto de fazer o espectador rir, mesmo que seja de nervoso.

Tarantino – que geralmente escreve os próprios roteiros – segue a linha narrativa clássica de Hollywood e não há mal nenhum nisso. Seus roteiros mostram enredos densos, com diálogos inteligentes, porém não são pretensiosos e têm grande apelo no público. Seus mocinhos podem até ser um pouco anticonvencionais, mas ainda assim são mocinhos, pelos quais torcemos, e os vilões são bem malvados e queremos sim que eles morram bem morridinhos, sendo esmagados como bitucas de cigarro se possível, com bastante palavrão na boca. Ele sabe aproveitar de maneira total todos os recursos que a produção cinematográfica pode lhe dar a fim de garantir um retorno espetacular, talvez nem tanto financeiro, mas de apoio popular. Afinal, no fundo, todo grande artista quer mais é ver sua obra vista e comentada na boca do povo.

Com tudo isso, Tarantino poderia ser somente mais um diretor/roteirista que seguisse o padrão hollywoodiano. Contudo, seu diferencial recai na maneira moderna e jovial com o qual ele usa os recursos a que tem acesso. A ultra violência na verdade é só um desses recursos, a saber, narrativo. Atentem para o capricho de Tarantino em seus filmes. Ele pensa em tudo, nos mínimos detalhes: na trilha sonora (nas letras das canções ou o que elas representam) que se encaixa perfeitamente ao tema, a própria edição de sons, no tipo de letra que usa para os créditos, na piada que passa pela boca de um personagem secundário, na fotografia geralmente fantástica, no castingperfeito, com atores que têm cara de desenho animado. São geralmente atores muito elásticos na expressão facial, bem articulados, com olhos contundentes (mesmo quando falam pouco) e que ficam ótimos nos close ups. Aliás, ele se cerca de gente muito criativa e geralmente chama de novo pessoas que já deram certo em seus filmes, de atores a editores e diretor de fotografia, por exemplo.

Já torcemos por seus mocinhos transviados na violência urbana, na violência de contos de fadas oriental, na violência da guerra. Agora só faltava no bang-bang… E ele arrasou! Quer ambiente melhor para a sede de sangue de Tarantino do que um bom e velho faroeste, com armas antigas e balas que realmente estouram os corpos, fazendo-os literalmente voar? Quer lugar melhor do que o sul dos EUA no passado, em que a escravidão existia com toda sua carga violenta, usurpadora? E quer ambiente melhor para um herói totalmente anticonvencional se formar? Pois está lá, o circo armado para deleite dele e nosso. E qual a contribuição de Tarantino para um filme de faroeste? O frescor da visão moderna das coisas combinado ao que não muda no ser humano: a vontade de se sobrepujar ao próximo, a briga pelo poder versus a sede de justiça que vai além do conceito bem e mal e… a vingança, o doce e frio prato suculento da vingança!

Tarantino é apaixonado por pulp fictions tais como livrinhos baratos estilo Tex, filmes de artes marciais, novela mexicana e, claro, filmes westerns com seu intrínseco conceito maniqueísta de mocinho X bandido e seus personagens cheios de atos extraordinários, mas no fundo pessoas comuns e não super heróis com poderes extraterrestres. Ele é exímio em perpetuar o contador de estórias e realmente o faz de maneira brilhante.

Django se passa nos EUA de 1858 e conta a estória de um negro de mesmo nome que ganha alforria e vai à forra numa vingança pessoal. Um herói com alguns defeitos, mas que tem o que o espectador gosta: um senso de justiça e perseverança admiráveis e um grande amor. Ajudado por um amigo muito sobriamente louco e uma sorte do cão, enfrenta inimigos poderosos e aprende uma nova perspectiva de vida. É um filme espetacular em todos os sentidos.

Fora toda a técnica e arte já mencionadas do auteur Tarantino, os atores são um espetáculo a parte — o brilhante e bonitão Jamie Foxx como Django (vide Ray), o indispensável Samuel L. Jackson e o versátil Leonardo DiCaprio. Cheio de participações especiais interessantíssimas – algumas nem são creditadas –, incluindo o próprio diretor, o destaque fica mesmo para o coadjuvante que rouba a cena, Dr. Schultz, pelo excelente Christoph Waltz, que vem roubando prêmios e elogios mundo afora. Um filme que talvez entre para a lista dos melhores da segunda década dos anos 2000. Veja, grite e ame.

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Um comentário:

Anônimo disse...

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